O gatilho emocional é uma realidade que afeta a maioria das pessoas, e pode ser disparado por uma palavra, um cheiro ou uma música. Dessa forma, as emoções que permanecem ocultas podem causar reações físicas, como tremores, falta de ar, lágrimas ou sorrisos, respostas ríspidas a gritos ou até uma agressão.
O gatilho emocional ou mental, também conhecido como “disparo de traumas”, aciona cadeias de memória negativas com o poder de alterar o estado de humor, influenciar como tomamos decisões e o comportamento social. É uma situação que pode causar sentimentos e sensações desagradáveis para uma pessoa, afetando aspectos que podem ser extremamente sensíveis para a pessoa, como a baixa autoestima ou os sentimentos de desapreço.
Às vezes, devido ao gatilho, as pessoas sentem o mesmo de novo, como se fosse uma reviravolta.
Traumas
Como já foi dito, os gatilhos mentais podem surgir de diversas maneiras e podem representar uma pessoa, um lugar e até um tom de voz, um exemplo para compreender como as emoções não trabalhadas podem interferir no futuro de uma pessoa.
“Vamos imaginar uma pessoa que teve um pai muito rígido e rigoroso. Na infância, bastava ele olhar de determinada maneira que a criança sentia medo e ficava extremamente mal. Anos depois, na vida adulta, aquela criança tem contato com um chefe rígido e basta um olhar para ela voltar à quela vivência infantil, que faz ela sentir muito medo.”
Segundo a psicóloga, as pessoas costumam recordar de momentos ruins, mas a diferença do gatilho emocional é a intensidade dessa recordação.
“Quando entramos em contato com um gatilho, estamos em contato com as emoções que estavam guardadas e a gente não cuidou”
Disse.
Respirar, identificar e decidir
Para quem se depara com momentos como esse, a psicóloga sugere uma técnica chamada RID, que consiste em respirar, identificar o problema e decidir o que fazer com ele.
📌 Relaxar: o primeiro momento é relaxar, respirar. Respire uns 30 segundos, feche os olhos, se sente e se traz para si. Fale que está seguro, foque que não está mais naquela situação ruim. Preste atenção no lugar em que se está para se sentir mais seguro.
📌 Identificar: em seguida, quando se sentir mais relaxado, é importante a pessoa tentar se identificar. Como foram os últimos minutos antes do gatilho, o que ela estava falando, onde ela estava. Identificar o que fez ela sentir essas coisas ruins.
📌 Decidir: por isso é importante estar relaxado, para ir para a etapa de decisão. Refletir sobre essa pessoa, objeto, lugar ou vivência que te deu gatilho. É hora de decidir se vale a pena continuar nesse lugar, nesse sentimento.
Autocuidado é fundamental
A especialista explica que, para conhecer os gatilhos, a pessoa precisa investir em autocuidado e autoconhecimento.
“Procurar uma boa psicoterapia para que a gente possa entender quais são as questões que ainda não estão bem resolvidas dentro de nós para que a gente possa ir eliminando os gatilhos emocionais.”
Diz.
Psicóloga explica que o gatilho é algo que estava ali, mas que de alguma maneira não se consegue trabalhar, mas que é importante ir atrás.