Quando se trata de planejamento financeiro, é crucial considerar a construção de uma reserva que proporcione segurança quando a capacidade de trabalho já não é mais suficiente para gerar renda. Muitos ainda não se preocupam com o assunto, talvez porque a aposentadoria pareça distante e a ilusão persista de que receberão de volta tudo o que contribuíram. No entanto, a realidade é outra.
Previsões otimistas indicam que as despesas com a previdência tendem a diminuir até 2029, para depois voltarem a aumentar. Isso evidencia a insustentabilidade do modelo de arrecadação, onde são necessários pelo menos três contribuintes para sustentar um beneficiário. Contribuir para a previdência pública não é poupar dinheiro, mas sim ajudar o governo a pagar quem tem direito a receber. Em resumo, ao contribuir, você está carregando o peso de outras pessoas, e quando chegar a sua vez, dependerá de outros para carregá-lo.
A insustentabilidade do sistema é impulsionada por dois fatores principais: o aumento da expectativa de vida e a diminuição da taxa de natalidade. Com o passar do tempo, as pessoas vivem mais e têm menos filhos, o que significa mais beneficiários e menos contribuintes.
Se esse argumento por si só não é suficiente para convencê-lo, há outros aspectos a considerar. Dificilmente alguém que contribui apenas para o INSS conseguirá viver exclusivamente com essa renda na aposentadoria. Além disso, aqueles com renda acima do teto previdenciário passarão a receber apenas esse valor ao se aposentar. Mesmo aqueles que contribuem com o valor máximo ainda enfrentam a desvalorização do dinheiro ao longo do tempo.
À medida que envelhecemos, é comum que surjam limitações físicas ou problemas de saúde que exigem despesas adicionais. Isso torna evidente que depender exclusivamente do INSS não é suficiente para garantir uma velhice tranquila.
Portanto, é fundamental buscar alternativas para complementar a aposentadoria pública, como investimentos em previdência privada, planos de previdência complementar oferecidos por empresas, entre outros. Planejar o futuro financeiro é uma responsabilidade de todos, e é preciso agir agora para garantir uma velhice digna e segura.