O sistema de aposentadoria brasileiro, além de insustentável a longo prazo.
Para muitos trabalhadores, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) representa a segurança de uma aposentadoria garantida após anos de contribuições. No entanto, a realidade que se apresenta é outra: o sistema de aposentadoria brasileiro, além de insustentável a longo prazo, oferece uma remuneração que muitas vezes não cobre as necessidades básicas de quem contribuiu a vida inteira.
Em artigos anteriores, abordei a questão da aposentadoria pública, destacando as limitações do modelo atual. Hoje, vamos dar um passo adiante: explorar o que você pode fazer para garantir um futuro financeiro mais confortável e fugir da dependência exclusiva do INSS.
A Conta Que Todos Precisam Fazer
Para entender essa questão, vejamos uma simulação simples. Vamos considerar uma renda mensal de R$3.000,00 – um valor abaixo da média salarial de R$3.542,00 em 2024, segundo dados oficiais. Em média, o trabalhador brasileiro precisa de 30 anos de contribuição para obter o direito à aposentadoria. Com a alíquota de 9%, o trabalhador contribuiria mensalmente com R$270,00. Ao fim desse período, o benefício recebido ficaria próximo ao salário mínimo vigente.
Agora, e se esse mesmo valor de R$270,00 fosse investido mensalmente, com uma taxa modesta de retorno de 0,8% ao ano? Ao longo dos anos, você acumularia um montante de aproximadamente R$380.000,00. Este valor, que permanece sob seu controle, poderia gerar uma renda mensal de cerca de R$2.447,00. Isso representa quase o dobro do que seria recebido pelo INSS – e ainda há a vantagem de manter o valor principal investido.
O Que Está em Jogo É o Seu Futuro
Ao comparar as opções, a diferença entre depender do INSS e investir para o futuro fica clara. Colocar o dinheiro em investimentos traz mais autonomia e segurança financeira. É uma escolha que implica reflexão e planejamento, mas que também oferece uma perspectiva de aposentadoria mais digna e adequada às necessidades da vida moderna.
Em tempos de instabilidade econômica e de mudanças nas regras da previdência, investir em alternativas fora do sistema público não é apenas prudente – é essencial. Repensar a própria aposentadoria pode ser o primeiro passo para construir um futuro mais seguro e menos dependente das políticas governamentais.
Por isso, a pergunta fica: que tal começar a investir e não colocar seu futuro apenas nas mãos do governo?