Produtos fabricados por presos estão expostos em stand de feira; haverá uma roda de conversa sobre as vantagens da contratação de mão de obra carcerária.
As parcerias de trabalho que o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) desenvolve com empresas e indústrias, privadas e públicas, começaram a ser apresentadas aos mais de 12 mil visitantes esperados para a Semana Industrial Mineira (SIM), que teve início nesta terça-feira (5/11) e segue até o dia 8/11, no Expominas, em Belo Horizonte.
Em um stand da feira de produtos e serviços para a indústria, servidores estaduais estão disponíveis para explicar como funcionam as parcerias, que empregam cerca de 18 mil presos em todo o estado. Dentre a programação do evento, está prevista também uma roda de conversa sobre as vantagens para os empresários em empregar mão de obra prisional.
No stand do Depen-MG estão representadas 17 empresas parceiras. Nele, é possível conhecer alguns dos produtos fabricados por presos, como controles eletrônicos de acesso, bolsas maternidade, interfones, gôndolas de supermercado, organizadores para casa e amortecedores de carro. Esses são alguns dos muitos itens confeccionados pelos detentos nas 155 parceiras de trabalho com empresas privadas, realizadas dentro e fora das unidades prisionais de Minas Gerais.
A diretora de Trabalho e Produção do Depen-MG, Maristela Pessoa, explica que para um empresário firmar uma parceria de trabalho com o sistema prisional os processos são rápidos e sem burocracia, levando aproximadamente 15 dias, a partir da apresentação da documentação exigida.
Participar da Semana Industrial Mineira é uma grande oportunidade de apresentar, para uma parcela significativa do empresariado, uma maneira de desenvolver um importante papel social. Temos a expectativa de fomentar novas parcerias de trabalho e dar maior divulgação e amplitude ao papel da Polícia Penal
Destaca a diretora.
Roda de conversa
Como parte da programação da Semana Industrial Mineira, uma roda de conversa vai abordar o tema: “As vantagens para as empresas em ter a produção industrial em unidades prisionais com a utilização de mão de obra carcerária”. A atividade acontecerá no dia 7/11, das 17h às 18h, com a participação da diretora de Trabalho e Produção do Depen-MG, sócios de duas empresas que empregam mão de obra prisional e um egresso do sistema prisional, que trabalhou em uma indústria de componentes eletrônicos instalada dentro do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, tendo sido contratado pela empresa após o cumprimento de sua pena.
Uma das participantes da roda de conversa será a sócia-proprietária da Ivetec, Ismênia Alves, responsável pelos estudos de viabilidade, implantação e fabricação de peças de grandes indústrias como a Shoreline, da área de telecomunicações; a Nansen, que produz medidores de energia elétrica;
Opusplast, injetora de plásticos; e a SA Gôndolas, soluções para exposição e armazenagem.
Parte dos componentes usados por essas empresas é fabricada dentro de um galpão no maior complexo penitenciário de Minas Gerais, a Nelson Hungria, em Contagem.
O sistema prisional tem uma mão de obra ávida pelo trabalho, que consegue absorver muito bem as demandas de treinamento. Instalar uma indústria ou parte da produção em uma unidade prisional significa implantar no local a cultura da empresa, fazer a gestão de pessoas, e está provado que isso é imprescindível e plenamente viável
Esclarece.
O empresário que tiver interesse em obter informações sobre como contratar mão de obra prisional pode fazer contato diretamente com a Diretoria de Trabalho e Produção do Depen-MG: parcerias.dtp@gmail.com; (31) 3915-5643/5644; (31) 98103-3909 e (31) 98479-2578.
FONTE: AGÊNCIA MINAS