Quantas vezes já ouvimos alguém utilizar a expressão “querer é poder”, como forma de incentivo, tanto para a si quanto para os outros, sem nos perguntarmos se essa premissa é realmente verdadeira?
Todos nós queremos melhorar algo. Ser mais saudável, ter mais estabilidade financeira, ter mais tempo com a família, enfim, viver melhor. Mas quem de nós está realmente disposto a pagar o preço?
Assim como dezembro deveria ser considerado o mês das promessas, janeiro deveria ser considerado o mês da procrastinação. Quando o cronômetro zera, promessas se esvaem como as luzes dos fogos de artifício para muitas pessoas, porém, ainda existem aquelas que insistem em enganar-se um pouco mais, postergando o cumprimento dos pactos para depois do carnaval, que é, segundo sua fraca consciência, quando o ano começa.
Os meses passam, trabalhamos oito, dez ou doze horas por dia. É a realidade dura e cruel de muita gente, mas o brasileiro é otimista. Basta uma rápida pesquisa nos sites de busca e pode-se confirmar o ranking do Brasil em relação a outros países quando o assunto é a crença em um futuro melhor.
Não há nada de errado em ser otimista. Lembro-me de um professor, juiz de direito do Estado da Bahia, dizer o seguinte: “A derrota começa na mente, a vitória também”. Todavia, otimismo sem ação não passa de ilusão.
Colocamos nossa crença no novo governo, no novo emprego e no novo ano, como se num passo de mágica, o universo conspirasse a favor do que pensamos independentemente da nossa ação.
Insistimos que querer é poder, mas esquecemos de que haverá um preço a pagar.
Não sairemos daqui sem pagar a nossa conta. Negligenciar hábitos saudáveis hoje é ter que fazer dieta ou se tratar de doenças amanhã. Não buscar conhecimento hoje é ter que sujeitar-se aos caprichos e aos desafios que a falta dele nos imporá futuramente. Não investir hoje é ter que sofrer a escassez depois.
Atingir nossos objetivos requer disciplina, método, planejamento e foco. Somente querer não basta, é preciso querer e lutar para poder conseguir alcançar.
Em uma era onde a instantaneidade é valorizada, é crucial lembrar que o sucesso não acontece da noite para o dia. É um processo contínuo, que exige esforço e dedicação.
Portanto, na jornada em direção aos nossos objetivos, lembremos sempre: querer, e lutar, é poder. Que esta reflexão nos acompanhe não apenas nesta semana, mas em todas as semanas que estão por vir.
Afonso Ferreira de Almeida é policial militar graduado e pós-graduado em
Direito;
Atualmente cursa formação e pós-graduação em Educação Financeira pelo Instituto Soaper.
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