Entretanto, após debruçar-me sobre os prós e os contras, me dei conta de que é para ajudar as pessoas que dedico meu estimado tempo.
A dúvida povoou meu pensamento por bastante tempo até que eu decidisse se tocaria ou não nesse assunto, pois algumas pessoas poderiam julgar-me um tanto quanto insensível.
Entretanto, após debruçar-me sobre os prós e os contras, me dei conta de que é para ajudar as pessoas que dedico meu estimado tempo e, mesmo que algumas vezes tenha que “tocar na ferida”, entendo que nesse caso os fins justificariam os meios, pois é necessário mostrar às pessoas que elas podem sim aprender com as experiências alheias e enxergar que se não há um lado bom em determinada situação, pelo menos existe a possibilidade de nos tornarmos pessoas melhores e fazer algo para tornar esse mundo um pouco melhor.
É o caso da difícil situação enfrentada pelos nossos irmãos gaúchos e da dificuldade que muitos deles enfrentarão depois que passar o período emergencial da catástrofe.
Somente quem já passou por uma situação de infortúnio sabe que a ajuda imediata após a eclosão do evento danoso é extremamente importante, mas a comoção das pessoas é como uma chuva torrencial que cai no sertão, molha muito mas não acaba com a seca. As doações emergenciais suprem as necessidades básicas de água, comida, roupas, etc, mas o que acontece depois? E as casas que precisam ser reconstruídas? E os móveis perdidos? E as memórias levadas pela água? Não vou falar das vidas que se foram, mas das que ficaram e de como seguirão de agora em diante.
Quem me acompanha aqui sabe que o assunto que trago é sempre relacionado às finanças e, dessa vez não seria diferente. Não podemos ignorar a importância do dinheiro nesse contexto. Isso seria negar o inegável e iludir-se estupidamente, ou haveria outra forma de reconstruir tudo que foi perdido sem dispender uma fortuna? E o que podemos tirar de lição com essa situação? É necessário encarar a realidade e compreender que a preparação financeira desempenha um papel crucial na reconstrução pós crise.
Estudos apontam que epidemias, pandemias e catástrofes tendem a ser cada vez mais frequentes, e até as guerras, à medida em que os recursos naturais no planeta vão ficando cada vez mais escassos.
Não se trata aqui de fazer previsões infundadas, mas de acreditar nas pesquisas e na ciência, além, é claro, de ser apenas um pouco menos inocente e observar os sinais da natureza.
Portanto, é fundamental refletir: o quão preparados financeiramente estamos para enfrentar uma situação de crise que exija reconstrução de nossas vidas?
Devemos considerar a possibilidade de precisarmos adquirir móveis novos, construir uma nova casa ou até mesmo mudar de cidade.
É bom ser otimista e pensar que isso não nos acontecerá, mas fechar os olhos não impede que as coisas aconteçam. Diante dos mistérios do universo, somos pequenos demais para prever o futuro.
No entanto, podemos nos preparar para enfrentar as incertezas com solidariedade, planejamento e resiliência. Afinal, é através da união e da prudência que podemos construir um futuro mais seguro e resiliente para todos.